quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Carta de apoio ao Santa Marcelina

De: Maria Sebastiana Felix Bizetto [mailto:msebastiana@yahoo.com.br]
Enviada em: quinta-feira, 25 de agosto de 2011 10:27
Assunto: carta de apoio ao Santa Marcelina

Olá amigos

Peço a colaboração de todos para divulgar a carta de apoio ao Santa Marcelina neste momento de necessidade de atitude extrema (fechamento do PS).
Desde já agradeço a atenção

M.Sebastiana F.Bizetto
Coordenação APS Santa Marcelina
Setor de Participação Social
Tel: 2056-6262 R: 6260
Cel: 7839-5790
Email: msebastiana@yahoo.com.br
participacaosocial@aps.santamarcelina.org



São Paulo, 23 de agosto de 2011.

A Direção Executiva do Conselho Municipal de Saúde
A População, usuária do Sistema Único de Saúde na Zona Leste de São Paulo,
Aos Ilmos. Srs. Parlamentares, em todos os níveis de governo,
As Exmas. Autoridades Públicas e Responsáveis pelo Executivo Municipal, Estadual e Federal,
Aos Conselheiros de saúde

                A Comissão de Situação da atual e iminente crise por que passam os serviços vinculados ao Sistema Único de Saúde da Região Leste, vem pelo presente documento denunciar a situação de flagrante gravidade em que se encontra o Pronto Socorro - PS do Hospital Santa Marcelina de Itaquera, principal referência de cuidados terciários da região, importante para a regulação e parte integrante da organização do fluxo dos serviços e pela resolutividade advinda da capacidade técnica e tecnologia empregada há 50 anos em prol da população SUS dependente.

                Conforme reunião realizada aos 22/08/2011, com a presença de representantes da população, representantes e assessores de parlamentares, conselheiros de saúde da região, do movimento popular, profissionais de saúde e imprensa local, foi apresentada a dramática situação de superlotação do PS do Hospital Santa Marcelina. 

                A exposição foi realizada pela direção do hospital que de forma clara demonstrou os riscos associados a essa superlotação para os pacientes, bem como para os profissionais em atividade neste setor e fez uma reflexão conjunta, passo a passo, expondo os riscos a que essa situação atualmente representa, sendo sua causa o reflexo de uma ineficiência do sistema frente às necessidades de hoje. A situação vem se arrastando há algum tempo, já tendo sido sinalizado formalmente o paulatino quadro de agravo, às autoridades responsáveis, e ainda alertando sobre o que poderia ocorrer em breve tempo, até que se chegou ao limite, agora publicamente conhecido.

                Dentre os assuntos de destaque, foi também questionado o fechamento ao acolhimento das demandas do SAMU – Serviço de Atendimento Médico de Urgência, por parte do Hospital Sapopemba, também na Zona Leste, para servir de retaguarda para o Hospital das Clínicas - HC, e ainda a falta de plantonistas em vários hospitais da Autarquia Municipal, que resultam, dentre outras conseqüências danosas, na falta de atendimento nos hospitais estaduais.

                Diante destes fatores, houve posicionamento dos presentes, representantes das instâncias e órgãos acima citados sobre a falta de financiamento adequado do sistema de saúde e a importância da retomada da luta por parte da população com a finalidade de obter de forma organizada e pacífica, uma cobrança mais efetiva sobre a PEC 29, e ainda gerar oportunamente a solicitação de financiamento específico para melhoria das condições assistenciais, tecnológicas e estruturais no atendimento dispensado aos doentes graves do Pronto Socorro deste importante hospital.

                Assim, quanto a possíveis encaminhamentos e atividades, a Comissão de Situação de Crise, após todas as exposições e oitivas dos relatos e testemunhos trazidos pelos presentes, resolvemos que são prioridades de momento para a apreciação dos gestores e demais níveis e instâncias governamentais:

-
- Apoio específico para a resolução em caráter de extrema urgência diante do quadro atual e aporte financeiro para melhoria das condições de atendimento do Pronto Socorro SUS do Hospital Santa Marcelina;

- A realização e garantia da divisão mais equitativa de forças e otimização de recursos disponíveis na região com a consequente e necessária adequação dos serviços para tornarem-se mais eficientes e funcionando na sua plena capacidade, de forma a realizar a assistência segura e em condições de absorver a demanda estabelecida, conforme porte tipo e critérios de urgência e graus de complexidade;

- Estabelecimento melhor da regulação e integração dos serviços, em especial dos hospitais secundários da região para absorver os encaminhamentos de casos de baixa complexidade como também receber nestes serviços os pacientes com históricos determinados e considerados clinicamente crônicos, porém estabilizados, uma vez possível acompanhá-los fora das situações mais complexas, previstas no item anterior;  

- Reforçar a necessidade em criar uma assistência domiciliar em todas as regiões para diminuir todas as re-internaçoes e permitir uma assistência de qualidade, que seja mais digna na oferta aos pacientes crônicos, bem como aos pacientes considerados terminais;

-Melhor qualificação da rede básica, que sem dúvidas é o elemento reorganizador do Sistema único de Saúde e porta de entrada do paciente, e sendo integrante da relação referência e contra-referência, possa de fato exercer seu papel preventivo na promoção dos aspectos de saúde, reduzindo o volume de agravos a serem tratados equivocadamente nos demais níveis de complexidade, reeducando de forma a orientar o usuário quanto ao seu papel, bem como as competências de cada um dos serviços dentro da rede de atenção à Saúde;

- Qualificar a mão de obra (gerencial e assistencial) de forma adequada a oferecer melhores condições ao suporte e necessidade da demanda estabelecida, pois com o entendimento e capacitação, haverá otimização da infraestrutura, dos recursos humanos e materiais empenhados nas atividades, e ainda, acesso e socialização de modernas técnicas garantindo efetividade e segurança ao paciente;

Após elencarem todos estes aspectos, os presentes reunidos e em absoluta consonância com o momento que presenciam na região, resolvem, motivados pela absoluta necessidade em promover as condições indispensáveis ao pleno exercício do Direito à saúde, por meio do acesso universal, igualitário para a promoção, proteção e recuperação, conforme relevância pública de suas ações, tornar público o pedido de apoio para que a situação de nossa população não se agrave, considerando o relevantíssismo papel que o Santa Marcelina exerce para a nossa população.   
Comissão de Situação de Crise
 Ademir Ferreira Gomes               ademir_rdr@hotmail.com                   9450.3402
Maria Rosa Luiz de Souza             ml.rosa11@terra.com.br                    9618.3975
Maria Lucia                                      cesardeia@uol.com.br                        7529.4372
José Carlos Cuccio                        jccuccio@bol.com.br                           2556.5865/8328.7515
João A. Ferreira                              joão.ferreira@camara.sp.gov.br         3396.5027
Maria Auxiliadora Chaves            auxiliadorachaves@yahoo.com.br      2555.7747/8318.0578
Horácio Carolino Neto                  hcarolino@prefeiturasp.gov.br            9999.5161
Estefânia Rodrigues Veiga            stefany.veiga@yahoo.com.br             9556.5202
Sidney                                              sidneyimpactoleste@yahoo.com.br
Maria Sebastiana Félix Bizetto    msebastiana@yahoo.com.br              7167.3181

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